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Mesa de debate dá início à programação da Caldeirada - Comunicação e Cultura

  • 1 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Publicado originalmente em 14 de setembro de 2016


A segunda edição da Caldeirada - Comunicação e Cultura, realizada pela Faculdade de Comunicação da UFPA, começou com uma mesa de debate composta pelo Prof. Dr. Fábio Castro, do PPGCom/UFPA, pela Profª Drª Kátia Mendonça, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFPA (PPGSA) e pelo Prof. Dr. Maurício Souza, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da UFPA . A mediação foi feita pela Profª Drª Rosaly Brito, coordenadora do projeto de extensão Facom 4.0, responsável pela organização da Caldeirada, realizada de 12 a 15 deste mês no Sesc Boulevard.


O professor Fábio iniciou o debate discutindo o tema “Imagem, banalidade e vida cotidiana”. Ele exibiu ao público três séries de fotografias de sua autoria feitas durante o tempo em que estudou no Canadá. Baseado nas ideias de Benedito Nunes, questionava: o que é a experiência de ver e produzir imagens? Nesse sentido, o professor discutiu a dicotomia entre a fenomenologia e a teoria tradicional que a precedeu: enquanto a segunda, seguindo o princípio platônico das ideias, via a imagem apenas como um produto da mente, uma sensação, a primeira voltava-se para o princípio da intencionalidade, centrado na experiência vivencial e no qual a concepção de imagem encaminha-se para a visão da sua banalidade.

Os professores Fábio Castro e Rosaly Brito durante o evento.

Em seguida, a professora Kátia abordou em sua fala o tema “Imagem, política e espetáculo”, contextualizando o início dos estudos filosóficos sobre a política na Grécia e Roma Antigas e traçando o percurso das concepções políticas no Ocidente, mencionando grandes pensadores como Santo Agostinho, Maquiavel e Hannah Arendt. Percorrendo o caminho da filosofia política, ela apontou para a entrada da espetacularização no cenário político, questionando onde se encontra a verdade factual nesse contexto: “não se pode construir opinião em cima de espetáculo”, disse. Ela ainda comentou, com pesar, a situação política que vigora no Brasil dizendo que a corrupção está “assentada no voto de um país que não tem opinião”.


Finalizando a mesa, o professor Maurício Souza analisou o tema “Imagens, identidades, alteridades: algumas contribuições da psicanálise” sob a perspectiva do pensamento de Sigmund Freud e destacando a relação da imagem como mediadora na constituição da subjetividade humana desde a primeira infância. Ele falou sobre como os diferentes níveis de socialização pelos quais os indivíduos passam são definidos a partir de ideais a serem seguidos, o que Freud chamou de “ideais de eu”. O professor também explicou como essas idealizações podem ser encarnadas em figuras carismáticas que vêm a representar as características consideradas exemplares dentro de uma sociedade, como foi o caso de grandes líderes fascistas como Hitler e Mussolini, e como um povo tende a submeter-se a essas figuras.


Além dessa importante mesa de abertura, a programação da Caldeirada segue com o Ciclo de Pensamentos “Da estética da beleza à estética da percepção”, ministrado por Ernani Chaves durante três manhãs (13, 14 e 15), rodas de conversa e diversas apresentações culturais, incluindo curtas, danças e performances artísticas. Mais informações na página oficial da Caldeirada - Comunicação e Cultura.

 
 
 

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